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sábado, 22 de março de 2025

A Pomba amargosa, Patagioenas plumbea.

 Em recente excursão à estrada marginal à Reserva biológica de Duas Bocas em Cariacica, há cerca de 40 km. de minha residência em Vitória, pudemos registrar e fotografar a Pomba amargosa, Patagioenas plumbea.


Trata-se de um Columbídeo de grande porte, mede cerca de 34 centímetros de comprimento e pesa em média 230 gramas! A titulo de comparação, o pombo domestico, Columba livia, mede entre 28-38 cms. pesando entre 238 até 380 gramas segundo o Wiki Aves. Entre nossas pombas selvagens, a Amargosa é a de maior tamanho. Essa pomba vocaliza bastante na época de reprodução mas não é fácil de ser encontrada e fotografada, pois, devido sua índole arisca, evita a presença humana. Além do mais seu comportamento dificulta fotos pois vive embrenhada nas copas da mata.

Foi uma grata surpresa que esse exemplar, atraído pelo som do play- back, saiu de seu esconderijo na copa de arvore frondosa e pousou quase em nossa frente.

Já a tínhamos registrado outras vezes na Rebio, inclusive com fotos de filhote já emplumado:


Foto do filhote de Patagioenas plumbea feita por Aninha Delboni em 17.08.2022, na Rebio Duas Bocas.

A Pomba amargosa alimenta-se principalmente de frutinhos encontrados na floresta e também de sementes. Pode descer ao solo à procura de alimento. Sua cor é cinza plúmbea como o próprio nome cientifico menciona. A denominação popular de Amargosa, tem a ver com sua alimentação. A ave, comumente se alimenta da erva de passarinho, o que realmente faz com que sua carne adquira um gosto amargo.

Habita quase todo o Brasil, sempre em florestas:


Os pontos vermelhos representam os locais onde já foi registrada. Notar que falta em algumas áreas como no nordeste.  FONTE DA FIGURA: Mapa de registros da espécie pomba-amargosa (Patagioenas plumbea) | Wiki Aves - A Enciclopédia das Aves do Brasil


AGRADECEMOS ÀS PESSOAS QUE NOS VISITAM!!

sexta-feira, 21 de março de 2025

Tringa semipalmata, Maçarico de asa branca, prolonga estadia em Vitória!

 Tringa semipalmata, o Maçarico de asa branca, está passando uma temporada, pelo visto, agradável aqui em Vitória, ES, Brasil. Neste ano de 2025, fizemos as primeiras fotos dele em 14 de janeiro.




Nessa foto, datada de 14 de janeiro de 2025, podemos ver o nosso Tringa com alimento no bico, fugindo da perseguição de Pirus- pirus e outras aves que ficam monitorando as comidas dos colegas.


Foto feita ontem, 20-3-2025, na Ilha do Boi aqui em Vitória.

Notar que amanhã ocorre a virada do verão para outono no hemisfério sul e do inverno para primavera no hemisfério norte.

A foto de janeiro indicava que a ave estava no estágio de descanso reprodutivo e essa foto recente, de 20 de março, já mostra a ave com sua plumagem reprodutiva.



Outra foto de 14 de janeiro : descanso reprodutivo.

Esse maçarico tem aparecido nos últimos verões aqui em Vitória, mas dessa vez, prolongou sua estadia, talvez pela abundancia de alimentos na Ilha do Boi. Mas agora, com a pressão do instinto de reprodução, veremos quanto tempo ainda ficará por aqui.



A fartura de alimento tem mantido o individuo de Tringa semipalmata, ave migratória que vem do Canadá e vai até quase o polo sul, na ilha do Boi já por quase  três meses!!

AGRADECEMOS AS PESSOAS QUE NOS VISITAM!!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Uma nova espécie de ave para o Espirito Santo: Contopus virens!

Contopus virens, o PIUI Verdadeiro do Leste foi encontrado no inicio deste mês de fevereiro de 2025 em sitio no município de Marechal Floriano na região serrana do Esp. Santo.


Essa ave, é um migrante do hemisfério norte, com poucos registros no Brasil. Esse registro feito em Marechal Floriano é o primeiro para o Espirito Santo e apenas  o  de número 31 para o sul e sudeste! No mapa abaixo, podemos verificar onde foram fotografados ate hoje no Brasil.:



FONTE: WIKI AVES: Mapa de registros da espécie piuí-verdadeiro-do-leste (Contopus virens) | Wiki Aves - A Enciclopédia das Aves do Brasil.


Em outra ocasião, tivemos a felicidade de registrar o Piui-boreal, Contopus cooperi, na Trilha dos Tucanos em Tapiraí, SP., certamente um parente do Piui do leste e podemos perceber que alguns comportamentos são parecidos. Ambas as espécies gostam de se empoleirar nos galhos mais destacados, separados da folhagem. Ali ficam, parecendo imóveis e por vezes emitem sua vocalização. No caso do Piui verdadeiro do leste, o Contopus virens, notamos que a ave vocalizou bastante, com chamados regulares. Ao ouvir seu chamado por meio de play back, a ave se agitava tentando descobrir de onde vinha o chamado.


Foto do Piui boreal, Contopus cooperi, feita em 14-12-2017, na trilha próxima à pousada Trilha dos Tucanos.





Não é possível dar mais detalhes de seu comportamento ou de como encontra-la. Essa ave foi descoberta pelos colegas da AMOAVES- Associação Martinense de Observadores de Aves. Méritos para a passarinheira Nilda Miranda que registrou a ave pela primeira vez no Espirito Santo, conseguindo um lífer estadual. A forma como foi descoberta, ressalta a importância de se manter atento aos movimentos e também aos sons das aves. Pois foi por meio da vocalização, depois identificada,  que foi conseguido o primeiro registro desse Piui para o Esp. Santo.

Muito obrigado às pessoas que nos visitam!!




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Matéria do jornal A GAZETA, sobre uma das aves mais raras do Brasil, a Saira apunhalada.

 

FiFilhotes de ave ameaçada de extinção e exclusiva no ES nascem em reserva ambiental

Espécie está criticamente ameaçada e apenas é encontrada nas poucas áreas de Mata Atlântica; nascimento ocorreu em uma área na cidade de Castelo

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 18:35

 1min de leitura

Três filhotes de saíra-apunhalada nasceram em uma reserva em Castelo, no Sul do ES
Três filhotes de saíra-apunhalada nasceram em uma reserva em Castelo, no Sul do ES. ( Gabriel Bonfá)
Carol Leal
Repórter / ana.saraiva@redegazeta.com.br

Três filhotes de saíra-apunhalada nasceram em uma reserva natural na localidade de Limoeiro, em Castelo, cidade da região Sul do Espírito Santo. A espécie é considerada criticamente ameaçada de extinção, somando menos de 20 indivíduos vivos reconhecidos na natureza.

A descoberta e as imagens foram registradas por pesquisadores da Reserva Kaetés, que desde 2020 promovem a proteção, monitoramento e aumento populacional da espécie no local. Os três filhotes nasceram durante a atual temporada reprodutiva, que vai até março, e representam um grande passo para a manutenção da saíra-apunhalada.

Aspas de citação

Estávamos monitorando apenas dois indivíduos naquele ponto da reserva e foi uma grata surpresa encontrarmos seis deles, inclusive um pássaro alimentando outro. O sentimento é de que o trabalho pesado valeu a pena 

Victor Vale
Supervisor do Programa de Conservação da Saíra-apunhalada
Aspas de citação

A

PATURI PRETA, Netta erythrophthalma, uma ave rara aqui no ES.

 Estivemos recentemente, no município de Linhares, neste mês de fevereiro, para registrar a marreca Paturi Preta, Netta erythrophthalma, ave já registrada em lagoas a região de Degredo, em algumas oportunidades,

Fomos guiados pelo amigo e passarinheiro Mario Candeias, que nos levou ao lugar, antes já pesquisado pelo amigo e presidente de AMOAVES, o Sr. Roberto de Oliveira Silva.



Conseguimos foto dessa marreca voando, ressaltamos que não havia muitas, talvez umas quatro ou cinco aves, muito ariscas, que não permitiram nossa aproximação.,

A Paturi preta possui uma ampla distribuição na América do Sul, no Brasil ocupa a parte oriental do país, sendo porém rara na região sudeste do Brasil segundo o Wiki Aves.


Mapa de ocorrência da Paturi preta no Brasil, segundo o Wiki Aves.

paturi-preta (Netta erythrophthalma) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil









Com essa foto, consegui melhorar minha foto anterior dessa ave, que havia sido feita na Lagoa da Pampulha em BH,  em 2016:


A característica mais marcante dessa ave são seus olhos vermelhos. Vista do binóculo, esses olhos logo se destacam. Mas, no voo, também ficam bem destacadas as faixas brancas nas asas conf. mostra nossa foto maior.

Pormenor interessante da distribuição dessa ave, é que uma subespécie habita a África, do Sudão até a África do Sul.






Anatídeos são aves vitimas dos caçadores, sendo necessário, portanto, nessas ocasiões, cuidados para se evitar a caça excessiva que podem conduzir essa espécie à extinção.
Finalizamos agradecemos aos visitantes que nos honram com suas visitas!!


domingo, 26 de janeiro de 2025

ELE VOLTOU ! Tringa semipalmata de volta a Vix.

 O Maçarico de asa branca, Tringa semipalmata, voltou a nos visitar no verão. Todos os anos recentes, em 2023, 2024, 2022 e 2020 esta ave apareceu aqui na Ilha do Boi em Vitória. Temos visto apenas um individuo. Sempre nos encantamos com essa ave, migrante de longo curso.


T. semipalmata  reproduz-se do sul do Canadá e ao longo da costa atlântica dos Estados Unidos até o Golfo do México, incluindo as ilhas do Caribe; passa o inverno nas Índias Ocidentais e ao longo da costa leste da América do Sul até o sul do Brasil e da Argentina. (Wikipédia).


Os maçaricos são flexíveis em seus hábitos alimentares e caçam caminhando firmemente e bicando presas do substrato, embora também sondem a lama ou o lodo com seu bico sensível e possam perseguir ativamente presas maiores em águas rasas. Uma presa favorita nas costas são pequenos caranguejos  , minhocas,  e outros invertebrados, Eles também são conhecidos por ocasionalmente comer material vegetal. Os maçaricos também caçam ativamente presas mais móveis, como peixes e insetos aquáticos na água, e vão até a água na da barriga para perseguir tais presas.   O bico sensível significa que os maçaricos-de-asa-branca podem caçar tanto à noite quanto durante o dia. (Wikipédia).


Na grande colônia de Piru-pirus, Haematopus palliatus, existente na ilha do Boi, esse maçarico sentia-se bastante à vontade, porém, algumas vezes não escapava das bicadas e preconceitos de seus primos de bico vermelho!


O maçarico-de-asa-branca ainda é comum em algumas partes de sua área de distribuição, apesar de um declínio aparente desde a década de 1960. Também é considerado uma espécie em risco de se tornar ameaçada ou em perigo sem uma ação de conservação.  Os maçaricos-de-asa-branca também são vulneráveis ​​a serem mortos por colisões com linhas de energia colocadas em suas áreas de reprodução em pântanos. A aprovação do Ato do Tratado de Aves Migratórias em 1918 nos EUA, protegeu o maçarico-de-bico-branco da exploração intensiva por caçadores para alimentação e permitiu que seus números se recuperassem para os níveis atuais. Há um total de 250.000 maçaricos-de-asa-branca na América do Norte. (Wikipédia)

E nós aqui, ficamos muito felizes com esse individuo que nos tem presenciado todos os anos com sua visita! Se viessem mais, seria ótimo!

Muito obrigado, pessoas que nos visitam!!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Nidificação do Gavião asa de telha dentro da cidade.

 Parabuteo unicinctus,o Gavião asa de telha, é uma ave de rapina de porte médio para grande, atingindo 48 a 56 cm. de comprimento, chegando a fêmea a pesar até 1 kg. de peso.


É um rapinante de hábitos alimentares oportunistas, capturando pequenos invertebrados e conseguindo até mesmo animais maiores como frangos d'água, gambás, garças, etc. O interessante é que é considerado muito arisco à aproximação humana. Mas, apesar disso, conseguimos localizar um local dentro do bairro jardim da Penha aqui em Vitória, em que esse gavião arisco se estabeleceu para construir seu ninho, levar até o final a nidificação e criar dois filhotes.
A área em que resolveu estabelecer seu ninho é composta de vegetação alta mas não compacta, com árvores esparsas, situada no terreno dos armazéns do IBC-Instituto Brasileiro do Café.

A plataforma acima, foi usada pelo gavião, que, quando de nosso encontro, contava já com os dois filhotes já crescidos, empoleirados em galhos de uma arvore de casuarina.

Um dos filhotões já desconfiados, olhando para o observador!

Com seu porte de bom tamanho, e seu olhar aquilino, além de ser ave bonita com seu desenho "cor de telha", esse gavião tem sido visto algumas vezes no bairro de Jardim da Penha, procurando alimento para seus filhotes.


Temos noticiado, algumas vezes, o aparecimento desse gavião, e transmitido também, a impressão de que tem ficado "mais comum", ou mais encontradiço. Muitas vezes em áreas urbanas, o que agora se confirma com esse registro de sua nidificação dentro da cidade.


Parabuteo unicinctus, o Gavião asa de telha, é espécie que se distribui-se do México e EUA até a América do Sul. Tem sido muito registrado na parte oriental do Brasil e, segundo o Wiki Aves, confirmando nossa desconfiança de que tem sido mais registrado ultimamente em zonas urbanas. Habita regiões campestres, áreas de vegetação baixa como manguezais, cerrados, caatingas, pastagens, etc.
Os filhotes, já formados e com aspecto e tamanhos semelhantes aos adultos, continuam na região vigiados pelos pais, mas, certamente não demorarão em procurar outros lugares.

Agradecemos aos nossos visitantes pela honra que nos dão  em conhecer nossas postagens!