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sábado, 1 de agosto de 2015

AVES RARAS ENCONTRADAS EM GUAÇUI

Em excursão realizada  ao município de Guaçuí neste Estado, pudemos regsitrar algumas espécies de aves raras ou incomuns habitando as matas próximas.

Um dos locais onde efetuamos as observações foi a Fazenda Castelo, onde o proprietário, o Sr. Luciano gentilmente nos deu permissão para efetuar essas fotos.

A região faz parte da região do Caparaó, onde fauna e vegetação apresentam-se em formatos diferentes de outras regiões da mata atlântica! 

Uma observação rápida pelas espécies registradas já nos mostra que as grandes espécies florestais, que exigem grandes extensões de florestas não foram encontradas! Isso pode ser explicado pela fragmentação das matas da região. Além do mais são matas com estágio de recuperação que podem ser considerados no máximo como capoeirões. As matas primárias ou secundárias próximas do clímax como existem ainda na cadeia marítima são raríssimas na região do Caparaó. Por exemplo: não registramos nenhum cotingídeo! Arapongas, Coró-coxós e Tropeiro da Serra era para serem encontradas na região mas não vimos. Lembramos que essas aves ainda são registradas dentro do Parque Nacional do Caparaó nas não nas manchas de matas dos arredores.

Em compensação, encontramos algumas espécies menores, passeriformes raros ou ameaçados de extinção, que registramos com alegria sua presença naqueles locais.:




O  Chororó-cinzento, Cercomacra brasiliana é uma espécie de Thamnophilidae ameaçada pelo desmatamento e perda de habitat. Foi considerada como extinta ou quase extinta até a década de 1980`s quando o ornitólogo José Fernando Pacheco por meio de expedições conseguiu localiza-lo em algumas regiões da mata atlântica, inclusive em Guaçuí conforme comprova vocalização depositada no site Wiki Aves de 1997. Conseguimos fotografa-lo agora e verificamos que a espécie parece não ser rara na região, ocorrendo também em outros remanescentes de capoeirões ricos em taquaruçus conforme vimos.



Essa foto acima refere-se a um macho jovem da Cigarra verdadeira Sporophila falcirostris, registrada na Fazenda Castelo em Guaçuí. Está ocorrendo o fenômeno da frutificação da taquaruçu Guadua tagoara e as árvores estão cheias de sementes o que atraem os granívoros como essa cigarra que está na categoria de vulnerável de nossas espécies.


O Estalador Corythopis delalandi  não é considerado raro mas muito difícil de ser visualizado dentro da mata. Em nossa região do ES, porém, são poucos locais onde já registrado e na região de Guaçuí verificamos que existe uma boa população.

Um abc a todos que nos visitam.

2 comentários:

  1. Olá José Silvério. Tudo bem? Eu estudo relações ecológicas de aves com bambus nativos. EStava esperando uma frutificação do bambu taquaruçu na região próxima ao Caparaó neste inverno. Então já começou?

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  2. Olá Evandro! Obrigado pela sua simpática visita! O ano passado, em Guaçui, no mês de julho/agosto os taquarussus estavam frutificando em abundância! No Caparaó não vi frutificação e para falar a verdade eu ainda não vi taquarussus! É muito rico nas taquaras mas taquarussus eu não vi ! Visitarei o Caparaó novamente agora em junho, tanto no ES como MG e vou ficar atento!
    Um abraço
    José Silvério

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Muito obrigado pela visita e comentário!